sábado, 26 de novembro de 2011

Manifestação marca a não violência contra a mulher, no Rio

 25/11 - “Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres”


Campanha: “Quem ama, abraça”

Na manhã desta sexta-feira, dia 25 de novembro foi realizada a Manifestação em Combate a Violência contra as mulheres, no Largo da Carioca, no centro do Rio. O evento marca as celebrações dos 30 anos do “Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres” e os 20 anos dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.


O manifesto faz parte da campanha “Quem ama, abraça” coordenado pela Rede de Desenvolvimento Humano  - Redeh em parceria com o Instituto Magna Mater. Representantes do CEDIM - Conselho Estadual dos Direitos da Mulher também estavam presentes.  Durante toda a manhã, de 9h às 12h, as ativistas abordaram o tema, distribuíram folhetos, e colocaram banners onde os presentes podiam expressar seu apoio através de mensagens escritas.


No decorrer do evento vários MCs, que fazem parte do movimento “Homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres”, se apresentaram e expressaram seu manifesto através dos raps e de improvisos, entre eles, André Zovão, do grupo Antizona, WF e BF. As mulheres também se apresentaram através do hip hop pelo fim da violência, por Mc Janaína do grupo Refém. Uma dos raps cantados por André Zovão expressava no refrão: “Não sou objeto, quero ser bem tratada, casada, solteira, sendo valorizada. Quem ama jamais faz alguém sofrer”. O Mc disse que vivenciou o problema em sua própria família e decidiu apoiar a causa. “O Antizona gravou um CD educacional, em combate a não violência contra a mulher. Todas as músicas abordam o tema. Eu resolvi compor as músicas me colocando no lugar de uma mulher. Estamos há 15 anos na estrada e através do nosso som queremos conscientizar as pessoas e levar a campanha adiante. Todos nós vivenciamos ou conhecemos alguém vítima desse tipo de violência”, comentou o Mc.


A ação também contou com a performance da Cia. Cria que apresentou a dança Tu és, onde as bailarinas Raíra Yuma, Flora Bulcão, Nicole Gomes e Thais Menezes mostraram nuances de como é ser mulher. Elas utilizaram a metáfora do nascimento, envoltas por um plástico e em posição fetal, e depois a evolução de cada uma na linha da vida. No final, elas se vestiram de branco e distribuíram flores para homens e mulheres que se encontravam no local. Um dos objetivos da campanha, “Quem ama, abraça” é mudar o curso de uma história que se repete ao longo dos tempos, transformando conceitos e paradigmas e derrotando preconceitos que, em pleno século XXI, ainda provocam tantas tragédias. A violência doméstica é a que faz mais vítimas no mundo, aumentando o índice de suicídio e causando repetência escolar dos filhos.  É um problema social, que demanda ações e políticas públicas. Seu enfrentamento é responsabilidade e compromisso de todos.  


O principal objetivo desta campanha é chamar atenção da população para dados alarmantes, extraídos do Mapa da Violência 2011, do Ministério da Justiça, e da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o SESC também este ano, tais como:   - A cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil; - Seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; - 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica; - A cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no Brasil (Fundação Perseu Abramo). A campanha também foi realizada em Porto Alegre, Vitória, Natal e Belém. Sete estatuetas femininas que estavam espalhadas pelo Rio receberam pinturas feitas pelo grupo Nami - Rede Feminista de Artistas Urbanas. São jovens que usam a arte como ferramenta na promoção dos direitos das mulheres. O mesmo acontece nas outras cidades. As artistas plásticas Lúcia Avancini, Marilou Winogard, Yolanda Freyre e Isabel Souza fizeram pinturas nas estátuas.  “Quem ama, abraça” é uma realização da REDEH e do Instituto Magna Mater, com patrocínio da Eletrobras, da Petrobras e da SEASDH/Superintendência dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro e apoio da Fundação Ford, da Secretaria de Políticas para as Mulheres/SPM e da ONU Mulheres.

Fotos Graça Paes

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